terça-feira, 18 de maio de 2010

Estereótipo, preconceito e discriminação

Partindo da temática estudada, faça um relatório sobre o filme visionado.
Objectivos a concretizar/competências a desenvolver:

  • Desenvolver a capacidade argumentativa;
  • Problematizar as implicações das novas dinâmicas sociais nas sociedades contemporâneas.

15 comentários:

  1. Vítor Alves 12ºA Nº17
    Psicologia B
    Relatório sobre o filme American History X

    Na aula de psicologia tivemos a belíssima oportunidade de visualizar um filme, cujo nome dava-se por American History X. Um filme que achei especial, pois retrata a realidade que ainda persiste não só na América, mas também em todo o mundo, no que liga ao preconceito, racismo, xenofobia. A maneira como é feito o filme é de grande frontalidade sem fronteiras, com actores que desempenham o seu papel de uma forma muito interessante. Muitos foram os filmes feitos sobre a questão do racismo, do ódio recíproco entre brancos e negros, algo tão comum na sociedade norte-americana. As diferenças que percebemos no filme são, basicamente, a radical mudança de comportamento de um neo-nazista - o skinhead Derek Vinyard devido ao assassinato do seu pai, cujo progenitor semeava para os seus filhos ideias de separatividade racial, passando o filho a viver em função do ódio, vandalizando com violência o seu bairro no objectivo de acabar com as “misturas” que lá existiam. O que reconheci também, após a visualização do filme com a minha visão binocular, é que existe aqui um não reconhecimento do “outro” como ser humano pleno, como os mesmo direitos que os nossos e que a segregação e a discriminação baseadas na raça, género ou classe social, resulta em altos índices de violência. Demonstra infelizmente na minha opinião uma América bastante heterogénea, no que diz respeito a nível racial e a nível de emigração que apesar de ser uma enorme super potência mundial é prejudicada pelo êxodo africano e hispânico, surgindo consequentemente desigualdades sociais. O ser humano sabe muito usar infelizmente quando lhe convém dois conceitos que estão inseridos no filme e que são de aprofundamento para este relatório. Dois conceitos que o ser humano não vai conseguir superar, devido á sua pouca cultura e que uma é fruto da outra. Estou a falar do preconceito e o racismo, manifestado no filme como uns dos pilares de sustentação crítica do filme. O preconceito que permanece em todo o filme é um juízo preconcebido, manifestado numa forma de atitude discriminatória perante pessoas. Muita pessoas tomam o preconceito como sinónimo de descriminação, mas no entanto, no meu ver, a discriminação é um conceito mais amplo e dinâmico do que o preconceito. Ambos têm agentes diversos, na medida em que a discriminação pode ser provocada por indivíduos e instituições e o preconceito só pelo indivíduo. Estes dois conceitos que são claramente observados no filme mostram o lado da podridão do ser humano em rejeitar um da sua espécie. Outro conceito que é visível no filme é a xenofobia. Já que um dos actores principais do filme quer que haja uma raça pura no seu país, pregando todos os que possuem cultura ou etnia diferentes no seu território, com receio que a sua cultura não esteja preservada. Pertencemos todos a uma espécie, porquê existir estes preconceitos estúpidos, racismos? A resposta a esta questão é simples. Vivemos num palco de malevolência em que os instintos naturais do homem são usar o preconceito, racismo, ódio e ganância. Iremos ter sempre a discriminação, censura e repressão até chegarmos ao caos inquieto. Infelizmente é a visão que vejo actualmente, no entanto, haver ainda uma esperança mental e não religiosa que isto irá mudar. Para arrematar o final do filme, no meu ver, demonstra algo positivo, na medida em que a personagem principal vê se culpado por ter atraído o seu irmão para o buraco que o próprio cavou, tentado mudar as suas ideias, maneiras de ser que estavam erradas, apesar de nem sempre acabar tudo em bem. São estas atitudes que a minha chama ascendente não se apagará até chegar ao meu último dia na terra. Penso que tenho a legitimidade em acabar o meu relatório com uma citação tão boa como a que foi exibida no final do filme.
    "Aprendamos a viver juntos como irmãos; caso contrário, vamos morrer juntos como uns idiotas." (Martin Luther King)

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  2. Relatório do filme “América Proibida”


    O filme América Proibida começa quando Derek, mata dois indivíduos negros ao apanhá-los a roubar o seu carro a meio da noite. Ele é o líder de um grupo neo-nazi, cujos elementos são jovens que o idolatram e o vêm como um exemplo a seguir, incluindo o seu irmão Danny.
    Derek tornou-se neo-nazi pois ganhou ódio à raça negra após o seu pai ter sido morto num bairro negro. Este ódio foi fruto do estereótipo, ou seja, de crenças rígidas e simplificadoras acerca de pessoas, grupos e instituições, que resultam de uma generalização excessiva. Portanto, as impressões que se têm de uma determinada raça, como é aqui o caso da raça negra, são categorizadas. Estas impressões provenientes de diferenças entre as pessoas, conduzem a uma previsão sobre essas pessoas. Por exemplo, se um indivíduo de raça branca vê vários indivíduos de raça negra a roubar por várias vezes, tem a tendência para associar o roubo aos negros e, assim, quando vir um negro, tem a tendência para prever que ele vai roubar.
    Com esta visão estereotipada, são construídas atitudes preconceituosas e incorrectas. Estas atitudes traduzem-se em comportamentos discriminatórios, geradores de conflitos entre grupos rivais, que foi o que aconteceu no filme. Assim, Derek acaba por assassinar aquele indivíduos negros, acabando por ir para a prisão durante três anos, onde se integra num grupo nazi. No entanto, dentro do seu grupo começa a haver também conflitos pois ele discorda com o tráfico de drogas que o líder do grupo faz com mexicanos. Por isso, ele afasta-se deles e, como vingança é atacado. Ao se aperceber de que toda esta situação está errada, Derek começa a conviver com os negros e apercebe-se de que as suas ideologias estavam erradas. Derek chegou à conclusão de que o preconceito, ou seja, uma atitude negativa em relação a membros de um grupo resultante de um juízo desfavorável, e a discriminação, exclusão de sujeitos vitimas de preconceito (os negros), não faziam qualquer sentido, pois afinal, tanto brancos, como negros, eram seres iguais.
    Ao sair da prisão, Derek tenta mudar a mente do seu irmão, que estava a enveredar pelo mesmo caminho nazi, convencendo-o desistir desse tipo de ideologias e, convencendo-o também, a ser mais tolerante para com todas as raças. Esta seria a única maneira de viverem uma vida sossegada e livre de conflitos. No entanto, Danny não conseguiu efectuar a sua mudança de consciência pois, entretanto, é morto por um negro com quem já tinha tido uma desavença. O preconceito de Danny, derivado da sua visão estereotipada, conduziu-o à morte.


    Vanessa Águas
    Nº16
    12º A

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  3. O filme “American History X”retrata a vida de Derek que pertence a uma família que acabara de perder o pai, um bombeiro, que ao tentar apagar um incêndio num bairro, onde a raça negra predomina, acabou por ser baleado por malfeitores.
    Abalado com esta situação, Derek ganha aversão e rancor á raça negra e, torna-se líder de um grupo neo-nazi e, um exemplo para os jovens brancos e excluídos deste bairro que o veneram e seguem os seus pensamentos e as suas acções. O seu principal seguidor é, o seu irmão, Danny.
    Derek, apresenta-se como um skinnead que segue á risca o plano de Cameron Alexander, chefe supremo desta comunidade de skinnes.
    O protagonista é preso após ter morto dois negros que lhe assaltavam o carro, em frente da sua namorada e do seu irmão mais novo Danny.
    Após a sua apreensão foi condenado a três anos de prisão.
    Nestes três anos, encontra um grupo de nazis e, agrupa-se a estes, mas, passado uns tempo, repara que o cabecilha do grupo trafica droga, o que o leva a discordar dos ideais destes nacionalistas, pois o único objectivo era o “dinheiro sujo” e isso faz com que Derek se afaste.
    Este afastamento leva aos seus companheiros a vingarem-se. E, numa cena, para mim marcante, em que Derek se encontra no chuveiro, o grupo une-se e violam-no.
    Aqui Derek repensa no conceito de uma raça superior, pois entende que em todas as raças existem traidores e confidentes, levando este a relacionar-se com um negro, com quem trabalhava na lavandaria da prisão. Com isto, este skinnead percebe que a única diferença entre a raça branca e negra é o tom de pele e, não a personalidade, as características diferenciadas são físicas e não psicológicas.
    Após a violação e uma cena em que Derek se recusa a sentar e a estar na companhia do grupo nazi, este passa a sentir que o resto dos dias são únicos, podendo acontecer algo que o levasse á morte, mas, não ele consegue sobreviver até aos últimos dias da sua apreensão. Concluindo que se vivo estivesse era graças ao seu amigo da lavandaria.
    Quando sai da prisão, Derek dirige-se a casa e repensa em todas as vivências que presenciou e o que iria fazer. Nestes pensamentos Derek teve como grande ajuda um professor que assistiu á passagem deste na escola, considerando-o bastante inteligente. Mais tarde, veio a conhecer o irmão mais novo, Danny, que observando-o, concluiu que seguia os passos de Derek, ou seja, embora muito inteligente tinha um olhar intenso que mostrava raiva e fúria.
    Após colocar os ideais e os conceitos no lugar Derek chega á conclusão que não quer continuar.
    Rita E Santo
    nº14
    12ºA

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  4. E, a sua primeira preocupação é alertar seu irmão, mas, quando o encontra repara que este já se encontra muito integrado. Deparado com esta situação, não desiste e, tem uma conversa com Cameron em que desiste de tudo e que apresenta-lhe a decisão de que tal como ele o Danny também não iria prosseguir, mas, Cameron não aceita a decisão então Derek, luta com o chefe, deixando-o inconsciente e levando aos seus seguidores a ficarem contra ele, até o próprio irmão.
    Passado este episódio, Danny segue o irmão e pede-lhe explicações e, Derek passa a explicar-lhe e transmite-lhe todos os ideais liberais e pacifistas. O irmão aceita e desiste de tudo, mudando o seu comportamento e o seu olhar perante as diferenças sociais, mas, no dia seguinte quando Danny vai entregar um relatório ao tal professor em que o tema era a vida do irmão, este é morto por um negro que já antes se tinha confrontado com Danny.
    Com estes acontecimentos todos, Derek muda de personalidade e de atitude em relação a tudo.

    A MINHA opinião

    Este filme é uma grande representação da vida dos skinneads pois estes não deixaram de existir e continuam, ainda, a predominar no nosso mundo. Representa o racismo, a xenofobia, os estereótipos e as mentalidades da sociedade.
    O racismo é um conceito que predomina na menteos skinnead’s ms existem muitas pessoas que são racistas e não o assumem, apenas dizem que os negros lhes tiram os empregos e que se é negro, tem-se medo de tudo o que possam fazer, quer do olhar, como de uma simples palavra, como por exemplo se tiver dois taxistas e um é negro e outro é branco opto por um branco porque é igual a mim. Mas, neste filme a transmissão é mesmo essa, mostrar que por vezes confiamos nos que são “iguais” a nós, porque têm aspecto disso e não nos que são diferentes, mas essa diferença foi nos imposta nada nasce pelo nosso pensamento tudo se cria e, o preconceito e a xenofobia foram criados por antepassados o que nos leva a não acreditar na diferença pois, para nós a nossa raça é superior e a outra é inferior.

    Quanto aos estereótipos, “American History X” representa Cameron como o ideal em que todos o defendem e ninguém o critica mas a maioria não sabe do que fala nem do que segue, como diz Derek, existem traidores em todas as raças e em todo o lado se encontra diferenças. A diferença social deve ser mais aceite porque não se resolve tudo a tiro. Mas o fim do filme pode ter dois sentidos, em que Danny morre, assassinado por um negro que ele provocou, pois sentia que o negro é inferior ao branco e, que não vale a pena lutar contra a diferença porque vai sempre existir;
    Como o sentido em que Danny muda o seu comportamento e torna-se aberto e liberal ao mundo, aceitando a difereça, mas, acaba morto o que leva a pensar ou a questionar… “para quê mudar?”. Pois talvez se Danny continuasse o mesmo teria estado prevenido para agir nestas circunstâncias e o negro já não teria saído vencedor.

    Em suma, o filme é muito bom e é um dos meus filmes preferidos. Pois representa a realidade social e os papeis que todos defendemos e representamos. O preconceito, o racismo e outros conceitos existem e vão existir pois enquanto existir diferença estes conceitos mantêm-se.

    Rita nº14 12ºA

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  5. América proibida

    América proibida retrata uma sociedade, num bairro onde se misturam diversas raças e etnias, desde negros, judeus, neo-nazis e hispânicos. Num país onde se acredita no sonho, é um destino para muitos, que deixam os seus ante queridos na sua terra natal a procura de uma vida melhor, sem garantia de êxito. Pessoas com diferentes ideologias, o etnocentrismo é muito marcante, levando assim ao racismo e a xenofobia. O filme mostra então o lado da perseguição, ou seja, os motivos que levaram à construção de um grupo neo-nazi da região.
    Derek é um Skinhead que viu o seu pai morrer e nunca conseguiu ultrapassar esse acontecimento, com uma personalidade bem vincada Derek culpa os emigrantes pela falta de emprego dos nacionais, pela miséria vivida no seu bairro, mas principalmente pela morte do seu pai. Os hispânicos ocupavam cargos em supermercados, sendo que muitos não estavam legalizados no país, Derek não suporta isso, ficando assim revoltado com a situação, pelos patrões preferirem pagar muito menos do que dar aos nacionais e pagar mais. Generaliza os negros como um povo que rouba nas ruas, e trafica droga, que lucra com o dinheiro dos “Brancos”. Os Judeus, endinheirados, são os patrões, os tais que preferem os ilegais.
    Com uma boa retórica o protagonista conquista a mente do seu grupo, organizando assim um ataque a um supermercado, vandalizando-o completamente, abusando os emigrantes que apenas estavam a trabalhar. O grupo abusa de uma excessiva violência, aliás o filme retrata cenas com bastante violência, como por exemplo no dia em que um grupo de negros tenciona roubar a casa de Derek, e esse saí a disparar sobre eles, sem dó, o que ficou vivo certamente pagou por todos os negros, aos olhos de Derek, que habitavam América. Sem compaixão obrigou o indivíduo a colocar a boca no lancil, e esmagou-a. O momento foi visto como glória, sorrisos o acompanhavam quando se dirigia a prisão, o respeito na rua aumentou, foi visto como um “rei”, idolatrado como Hitler.
    O ódio que em Derek existia foi fruto de crenças rígidas e simplificadoras que resultam de uma generalização excessiva. Tal coisa mudou, já encarcerado, quando esse vê que o povo que sempre achou superior, nazis, tem negócios de droga com mexicanos, não respeitando as suas próprias ideologias, pensando só no “dinheiro sujo”. Posteriormente cria uma relação de afecto com um indivíduo de raça negra, chegando mesmo a ser salvo por esse, uma vez que se separou do grupo (Nazi), ficando a mercê do “Gang dos Negros”. É nesse momento que o protagonista repensa o seu conceito de Raça superior, analisando que todos são iguais, que a diferença é apenas a cor de pele. Nas ruas o seu irmão seguia as pisadas do antigo Derek, com raiva e muita fúria pelos “diferentes”. Quando o protagonista sai da prisão, com os seus conceitos já analisados, tem um objectivo, de alertar o irmão mais novo sobre os preconceitos que existiam na sua cabeça.
    Na minha opinião o filme resume-se a isso, ao preconceito, na medida em que não podemos julgar sem realmente conhecer as pessoas. O filme é brilhante pela mudança de ideologia que acontece em Derek, pelo facto desse tomar consciência que em cada ser humano o que muda é a personalidade, que o tom de pele é apenas uma característica física.
    “Quando se destrói um velho preconceito, sente-se a necessidade duma nova virtude”, e Derek procurou…
    Fim
    Bruno Barros nº 5 , 12 º A

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  6. Relatório sobre a película “América Proibida” – A América somos nós

    Ainda bem que a América, neste caso particular de contexto de visualização, não foi proibida. Se o fosse não veríamos o filme. O vocábulo “proibida”, inteligentemente aplicado, é fruto de uma intenção de mostrar ao mundo, por isso dar a ver, uma outra realidade que o universo cor-de-rosa desconhece, ou se conhece é numa leitura na diagonal e com o papel torto. Para um filme de 1998 mostrou muito de hoje. Não fosse eu à internet saber a data do feito; caso contrário, nem alhos nem bugalhos – pensaria num filme já do século com algarismo um ao lado do dois. Nem sei se podem ser relacionadas questões obscuras no que toca ao carácter previsível da obra da sétima arte. Isso também não seria o mais importante. Desmembramento de uma família, preconceito, racismo, revolta, aplicação prática e física da revolta (violência), são algumas das questões que estão dentro do vislumbrar de uma história intensamente rica em conteúdo para reflexão, e isso sim, é relevante.

    Derek Vinyard é um indivíduo, humano como todos os outros, que não foi capaz de ultrapassar a morte inesperada de seu pai e partiu para o caminho mais fácil: o trilho da discriminação total. Começou com o preconceito, sentimento em que não se vai ao fundo da questão, apenas se olha os outros de grupos diferentes com representações sociais que são generalizadas e incumbidas. É difícil uma pessoa viver apenas com sentimentos e emoções. Passou então para a acção: os estereótipos que Derek criou levaram-no a discriminar pela raça qualquer versão diferente de ser humano, em vez de ver o próximo como uma fonte e fim de riqueza cultural. Também as influências do meio são determinantes na socialização secundária e o protagonista não fugiu à regra. Cameron Alexander, barão e distribuidor do racismo, formatou as ideias do jovem Derek, que se tornou skinhead, e conduziu-o ao que ele se tornou: um homem cheio de ódio, uma influência para os outros no que respeita ao mal. Não sei se posso dizer que o erro mais grave de Derek foi ter morto duma forma bárbara um indivíduo de raça negra, ao obrigá-lo a colocar a abertura da junção lábios e dentes na zona fronteiriça do passeio com a estrada e ter intensificado o pé na nuca a ponto de fazer o coração do outro jovem negro parar. Sabemos que matar é um pecado, uma fuga aos valores da vida, todavia, devíamos saber que outros pecados são também preocupantes e não menos graves: ao pensarmos que o outro (a cor de pele do outro, a cultura do outro) é inferior a nós, estamos a desvalorizar com ignorância o mundo e a evolução, na medida em que todos os seres humanos são indispensáveis para o enriquecimento de ideias e de cultura e que só com todas as pessoas unidas, sem preconceitos, sem discriminações, sem a criação de estereótipos, iremos evoluir e chegar a um ponto em que a palavra “guerra” nos é desconhecida e a sensação de harmonia está em voga, juntamente com a abertura de horizontes.

    Vemos, assim, o profundo problema em que o racismo e todas as formas de discriminação se podem tornar se houver conformismo em relação a esta situação. Não devemos transmitir ideias que discriminem os outros aos nossos próximos e, principalmente, à nossa próxima geração, como fez o pai de Derek a Derek e Derek, já três vezes quase de seguida a ser proferido por quem lê e escrito por quem escreve, a seu irmão Danny. Devemos, pelo contrário, abordar esses mesmos temas, no entanto, com reflexão crítica e sem generalizações, porque apesar do mundo ser redondo, existem muitos tipos de relevo e geografias. Só assim é que as pessoas escolhem os caminhos a seguir. Quando são a toda a hora espancadas por teorias cheias de preconceito são como que empurradas para o meio da discriminação, sem muito poder de escolha, dado acreditar-se em tudo na hora, devido à falta de espaço para pensar, processo que deveria anteceder a nossa acção, daí a importância dos processos conativos no agir, capacidade processativa que só cabe dentro do teor humano.

    (Continua...) Josué R., Nº9, 12ºA

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  7. (Continuação...) Josué

    A prisão, nome pesado, com representações sociais incluídas negativamente, onde Derek se poderia corromper ainda mais, foi o local onde viu que nem todo o Mercedes é de ministro, perímetro onde o mesmo conheceu a mudança. A solidão, a comunhão laboral com um recluso negro e o apoio do director da sua antiga escola, também ele negro, foram situações que levaram a personagem principal a reflectir realmente sobre a sua vida. Nada do que teria feito o tinha tornado uma pessoa melhor. Foi aí que percebeu que tinha de mudar efectivamente e sair do recinto prisional para ajudar o seu irmão Danny a inverter o seu rumo vivencial. Conseguiu sair do local querido dos criminosos, e vivo, graças à ajuda do seu amigo recluso negro, ficando certamente e eternamente grato a este. É assim que se vêem os amigos, e não através da cor da pele, do volume dos olhos ou do modo como falam. Felizmente chega a tempo de resgatar Danny, seu irmão, da vida destrutiva em que se encontrava. Até já escrevia sobre o Mein Kampf, de Hitler. Derek foi um homem corajoso ao mostrar-se mudado perante os seus antigos amigos e, sobretudo, perante Danny, personagem influenciável que o tinha como modelo e ídolo. O seu testemunho foi fulcral para a compreensão de Danny e para a mudança ideológica do mesmo. Pode dizer-se que, desta vez, Danny foi influenciado para o bem. Graças ao bem. E apesar de ver a sua vida ser tirada a tiro por um jovem negro, Danny ficou a saber, antes de falecer, que o problema não residia na raça nem na diferença, mas na mentalidade de cada pessoa.

    Com estes parágrafos pretendi estabelecer um espaço de reflexão através da análise de um filme tão poderoso como é a América Proibida. Assim como as imagens de Timor durante a estadia indonésia chegaram ao resto do mundo e foram importantes para liquidar o sólido repressivo e anti-humano que era a Indonésia (que julgava estar nos tempos dos romanos), a publicação deste filme por diversos países foi um impulso não indiferente, até diferente, e bom, para os cidadãos mundiais começarem a abrir os olhos cujo interior não sente muitas vezes soro fisiológico, purificador da visão.



    Josué Rogério, Nº9, 12ºA

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  8. No décimo dia do mês de Maio Visualizamos um filme se relacionava com a matéria dada nessa mesma altura. Trata se de um drama que tem como titulo: “América Proibida” que começa logo de uma forma violenta, com uma cena que choca Danny (irmão do protagonista), que é um dos personagens. Danny presencia o irmão Derek a matar a sangue-frio dois homens africanos que assaltavam o seu carro como vingança pela disputa realizada no campo de basquetebol, que decidiria quem ficaria a mandar no bairro: americanos ou africanos. Ganham os americanos graças a Derek que marca os pontos decisivos. O problema para Danny, que assiste horrorizado, é que foi ele quem avisou o irmão que o carro estava a ser vandalizado.
    Derek depois da morte do pai, um bombeiro assassinado por um africano, torna-se um adepto de estereótipos sociais (Crenças ou representações rígidas e simplificadoras acerca de pessoas, grupos, instituições que resultam de uma generalização excessiva), ou seja, um racista vincado, anti-semita e, duramente, um nazi dos tempos modernos, como pareciam ser também as ideias do pai, criando assim preconceitos (atitudes geralmente negativas em relação a membros do grupo, resultantes de juízos desfavoráveis que foram prévia e infundadamente constituídos).
    Quando começa o filme Derek já é um homem e fazia parte de um bando de neonazis skinheads, que ouviam e cantavam músicas racistas, faziam discursos racistas, xenófobos e anti-semitas.
    Ao peito sobre o coração trazia uma tatuagem bem definida do símbolo nazi. O seu quarto estava também decorado com adereços e bandeiras nazis, e em conjunto com o seu grupo, e porque consideravam as supostas minorias responsáveis pela miséria existente na América e no mundo, porque se julgam os defensores da verdade e grandes justiceiros, assaltam, vandalizam e torturam proprietários de casas de comércio dessas mesmas pessoas de nacionalidade desprezível para eles.
    Durante toda a acção, o filme revela dois pontos importantes: após a morte do pai de Derek e depois da prisão do mesmo.
    O que se vai passar na prisão enquanto Derek cumpre a pena faz com que este tenha uma visão diferente de tudo o que já se passou num passado muito presente. É a partir daí que o rumo dos acontecimentos começa a mudar.
    Na prisão, tinha que se estar de um dos lados: ou se era branco e se juntava ao grupo neonazi, ou se era negro e se juntava aos africanos. Nunca se podia lá andar sozinho, porque assim haveria dois inimigos em vez de um. Derek pertenceu ao grupo que seria de esperar, mas passado um ano cansa-se por perceber que aquilo que os interessava não era propriamente os ideais nazis mas que eram uns impostores só interessados em droga. Vira-lhes as costas e sofre de vinganças. Encontra-se sozinho lá dentro.
    Não pertence a nenhuma das duas maiorias e curiosamente, as retaliações pelas quais passa são vindas do grupo ao qual pertenceu: os americanos neonazis, nunca do grupo a quem odiava: os africanos. O que é perfeitamente justificável pelo facto de Derek vir a travar uma amizade com um prisioneiro de raça negra, com quem trabalhava na “lavandaria” da prisão, que acaba por salvá-lo da ira dos seus companheiros. A partir daqui, tudo muda. Danny, seu irmão, apesar de ter ficado terrivelmente chocado com o facto de ter assistido ao assassínio por parte do seu irmão aos dois africanos, vai seguir-lhe as pisadas pois apesar de o irmão estar preso, tem quem o influencie fortemente “cá fora”, um repugnante amigo de Derek e o líder do grupo, um homem chamado Cameron.
    (continua)

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  9. Um mês antes da saída de Derek da prisão, Danny faz uma tatuagem no braço com o símbolo nazi, anda também de cabeça rapada e naquele dia apresenta um trabalho sobre “Mien Kampf” de Hittler, na escola. Repreendido e obrigado pelo professor que não desiste daquele miúdo (uma vez que fora também professor de Derek e não queria ver a história repetir-se) manda-o fazer um trabalho sobre o que se tem passado na sua vida e na sua família, sobre o que quisesse dentro destes parâmetros, ou seria expulso da escola por todas as confusões que arranja.
    Salientam-se partes do filme como quando o pai de Derek morre e este dá uma entrevista à televisão em que afirma ter sido a questão racial a culpa pela morte do pai, em que deixa bem claro as ideias que defende. Ou quando à mesa a família começa a falar sobre um armazém que havia sido destruído por um gang sem saberem que um dos principais responsáveis estava, na realidade, à mesa.
    Derek deixa as suas ideias e discursos brotarem sobre a política nazi recorrendo a exemplos, chegando ao ponto de expulsar de sua casa o namorado de sua mãe que era Judeu. Também as conversas entre Derek e o colega de trabalho na lavandaria, em que Derek fica a saber por que razão tinha ele sido preso e apanhado o dobro dos anos de cadeia dele.
    O filme foi bastante interessante, já o tinha visto antes, mas agora com a hipótese de aplicação da matéria entendo melhor contexto do mesmo.
    Esta película leva-me a concluir com um provérbio conhecido e adequado:
    • Nunca digas: dessa água não beberei!

    Realizado por: Maria João Martins
    Nº11
    12ºA

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  10. América Proibida
    Na sala de aula visualizamos o filme a América proibida. Esse filme proporcionou aos espectadores, neste caso a minha pessoa, uma visão do mundo em que todos vivemos. Mostrando, de forma super realista, os conflitos originados pelo racismo. Posso até dizer que, a imagem que o filme tenta transmitir é a de uma falta de união na sociedade. Ou seja, na sociedade actual não existe uma cooperação mútua e incondicional entre todos os membros existentes, criando desta forma subdivisões entre diferentes grupos sociais. A obra-prima do filme é a propagação, mas não do tipo positivo, do modelo nazi. Procurando assim mostrar através como seria se todos tivessem os mesmos ideias, em que reinariam um certo grupo que tiranizavam o resto da sociedade. A conclusão do filme remonta a uma tentativa de integração, mesmo que falhada, e difunde a ideologia de um mundo em que todos são iguais.
    A integração social é uma forma de relacionamento caracterizado pelo fomento de uma colaboração eficiente e duradoura entre os grupos, incompatível com a criação de qualquer tipo de racismo e xenofobia. Para tal é necessário reconhecer e identificar a identidade própria do grupo imigrante, compreender os seus padrões, aceitar as liberdades dos imigrantes e estar aberto à cultura dos imigrantes. Isto é algo que claramente não se encontra no filme.
    Acho que todos podemos imaginar um mundo em que não temos que ter medo ao descer a rua porque vemos um cigano, ou “preto”. Lá por ser assim não significa que seja uma má pessoa, mas, como já referi, porque as pessoas não estão abertas às novas culturas criam impressões erradas acerca de grupos sócias. No filme esta demonstrado, quando a personagem principal culpa todos os imigrantes pelo mal do país, em especial a morte do seu pai. E por isso cria á volta deles um véu de ódio e rancor. Em suma ao criar este véu esta a por esse grupo social á parte, impossibilitando uma coesão social e uma interacção social.
    Mas após uns eventos na vida do homem, ele ficou de tal forma aturdido que modificou sua maneira de pensar, abrindo lhe a mente as novas culturas. E desta forma ele aprendeu a viver melhor. Com isto acho que o filme tentou transmitir a ideia de que é possível mudar e transformar o mundo num sitiu onde é possível existir uma união social. No entanto, na minha opinião tal não é possível neste mundo. A preconceito e o racismo já esta entranhado na sociedade de hoje. Quer gostarmos quer não é algo que é transmitido de geração em geração, como o filme também mostrou, e não é possível um único individuo fazer a diferença, era necessária uma alteração no sistema do mundo.
    Temos que “abrir a pestana” como o Bono (vocalista dos U2) disse: we have to be like Him when i look at the world, para podermos ver mal que está no mundo e para apercebermos como o necessitamos de fazer par fazer o máximo que conseguirmos para promover a coesão socal.

    jason leitão nº 8
    12ºA

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  11. Este mundo sempre foi bem servido de preconceitos, em particular, os E.U.A., terra das minorias e, consequentemente, da discriminação e do racismo. O filme América Proibida retrata muito bem esta realidade, demonstra claramente os bastidores do país mais desenvolvido do mundo, do país das oportunidades e do país dos direitos humanos.
    Este filme é encabeçado por um neo-nazi, que depois de ter passado pela dolorosa experiência prisional apercebe-se que o barco em que embarcou atraca em maus portos. Depois de ter saído da cadeia, Derek, o neo-nazi, tenta impedir o seu irmão (Danny) de seguir os seus passos. Este, ironicamente, morre por um negro.
    De facto, a sociedade americana é uma sociedade de contrastes. Existe a capa do livro, que é a imagem da maior potência mundial, e o seu conteúdo mais escondido, a verdadeira realidade das cidades norte-americanas. Certamente, se fizermos um estudo sobre a densidade de racismo por metro quadrado, os EUA estariam de novo à frente de outro gráfico. E entre factos acrescenta-se mais outro, muitos Dereks e Dannys existem pela América fora e não só.
    A xenofobia e o racismo sempre estiveram presentes na história da humanidade, aliás faz parte da sua natureza, até o próprio Deus teve preferências em escolher um povo seu, os hebreus. Porém, Deus comove-se com todas as boas acções, quer sejam negros, caucasianos, asiáticos, pardos ou aborígenes a fazê-las, assim como defendeu um dos seus filhos directos, Jesus Cristo, somos todos iguais e a igualdade pode ser um dos maiores êxitos da humanidade. Mas só se compreender-nos uns aos outros, e não nos basear-nos pelos preconceitos, assim como aquele livro, que a capa engana, o que interessa é o conteúdo escondido. Só que deu sempre mais jeito aos seres humanos criar uma imagem estereotipada, que por vezes resulta numa generalização abusiva. Buscando casos particulares, as pessoas encaram sempre a raça negra, como uma raça perigosa e agressiva, assim como os ciganos são vistos como pessoas desonestas e vigaristas, e devido a casos particulares identificáveis com uma etnia, a generalização preconceituosa acontece, e mais perigoso ainda é se ela cai no senso comum, aí o mundo irá cair numa discriminação banal nunca antes vista.
    Esta atitude geralmente negativa em relação a membros de um grupo, resultante de um juízo desfavorável que foi prévia e infundadamente constituído aparece quase sempre devido a casos particulares como já mencionei antes. Estes preconceitos foram muito bem identificados no filme. Sabendo que a comunidade afro-americana é talvez a comunidade com mais auxilio social no país, as outras comunidades de etnias diferentes, principalmente a branca, depara-se com um olhar negativo que resulta por vezes em situações atrozes sem nunca ver o outro lado da outra raça, o lado amigável. Porém os seres humanos gostam mais de olhar para o mal, por isso surgiu a tal afirmação de Allport, os preconceitos são formas de pensar mal dos outros sem fundamento suficiente e devem-se a generalizações incorrectas. Derek conseguiu ver o lado bom, infelizmente numa situação má, e tentou então corrigir-se, a si e ao seu irmão, ou seja, apanhar outro barco.
    Em suma, há uma necessidade humana de identificar-nos com um grupo, especialmente étnico. E é também humano criar impressões à primeira vista. Talvez seja a forma mais directa de simplificar as coisas, categorizando-as perigosamente, como demonstrou bem o filme.
    Derek estava cego, e quando via um indivíduo de raça negra automaticamente associava-o a um ser criminoso, corrupto e selvagem, fruto de uma estereotipagem convencional infundamentada. Derek no final do filme consegue livrar-se, então, dos seus preconceitos raciais e étnicos, a si e ao seu irmão como já mencionei antes, como já mencionei que eles não conseguiram atracar num bom porto, pois o seu barco naufragara no próprio mar da discriminação.

    André Pedro

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  12. American X…
    Ou, se por infelicidade devota não foi possível conceber conhecimentos relativos a uma língua desconhecida embora que seja universal, América Proibida é o nome dado ao filme que tem o poder de modificar e até corrigir mentalidades. Na verdade, o tema é muito propício às rivalidades ideológicas. O filme abarca a história de um jovem revoltado que manifesta os seus sentimentos através da violência, o seu nome é Derek e julga todos aqueles de possuem uma etnia distinta da sua. Existe uma razão para tudo, Derek perdera o pai por este ter sido assassinado por um indivíduo de raça negra, e perante tal situação o lado negro de Derek despoletou. A sua vida mudou e o seu comportamento também, o seu irmão parecia tender a prosseguir as suas pisadas de revolta. Após um infeliz acontecimento onde Derek assassina dois indivíduos de pele negra, é preso e passa então por uma nova e modificadora experiência de vida que o leva a abandonar a sua incontrolável sede de revolta. Depois de sair da prisão Derek tenta arranjar um novo modo de vida onde a paz reine e uma utopia humilde de tolerância impere. Para que tudo fosse formulado de acordo com a palavra completude, faltava trazer o seu irmão mais novo à razão. Danny é um miúdo estupendo que concebe o seu irmão como um ídolo, como tal percebeu de imediato a mudança repentina do irmão e repentinamente, tudo parecia dar certo. No entanto, o final não nos propicia lágrimas de alegria mas sim de tristeza, pois o irmão de Derek é assassinado por um negro. O filme acaba, todavia podemos magicar e fornecer-lhe uma conclusão. O ódio inconcebível de Derek pode ter ressuscitado e ter iniciado uma nova saga de transtorno para a sua vida. Por outro lado, pode ter simplesmente seguido a sua vida de forma sofrida, talvez até pelo um certo sentimento de culpa em relação ao sucedido com o prematuramente assassinado irmão. Há que ponderar.

    Marco Bento

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  13. continuação...

    Eis um tema de arregalar o olho! É talvez dos assuntos de conversa mais em voga hoje em dia, no entanto, parece não ter fim. É verdade que a tolerância tem vindo a mostrar melhorias significativas, pois não seria de esperar outra coisa de um ser que tanto gosto tem em se remeter para a evolução. Muitos dos nossos antepassados ficariam incrédulos pelo facto de no povo americano o cargo de presidente ter alcançado as posses de um negro, falo de barack obama. martin luther king ficaria emocionado ao descobrir que o seu “dream” tinha sido finalmente realizado. Apesar de tudo coabitamos no nada, ainda estamos cobertos de preconceito e dominados por um egocentrismo sem igual. É algo que vai para lá da nossa consciência, eles programa-nos assim e não temos grande manobra de fuga, infelizmente. É triste que apesar de tanta liberdade possuirmos, estejamos tão condicionados pelos nossos progenitores e todo o nosso grupo social poluidor de mentes. Por vezes até dá para sentir a sujidade mental que me persegue.
    Ainda falta um pouco para que ultrapassemos esta barreira que divide mundos. Nós somos família, nós deveríamos estar unidos, pois somos a mesma espécie. Chegou a hora de globalizar o conceito nação. “Esta mão negra, castanhinha tão bela. E uma outra branca tão suja”. Estas foram palavras proferidas por Maria Almira Medina, no qual eu jamais esquecerei. É a partir de mentalidades como as de Maria Medina que o mundo se forma e da luz de fascinantes colorações.
    Está na hora de cessar esta reflexão e concluir com categoria. Relativamente ao filme, é dos meus favoritos, já para não falar do actor principal (Eduard Norton), que especificamente neste filme protagoniza um papel simplesmente extraordinário. A sua história é muito boa e possui um forte cariz moral. É, portanto, que perante esta explosão cinematográfica que constatamos a vida de um jovem que depois de se dedicar à violência, vai ter que lutar contra os seus ideais para não colocar em perigo os seus laços. Nós aprendemos com este filme, é um óptimo recurso para nos podermos auto-aperfeiçoar e prosseguir para o caminho da perfeição. Basicamente, é um filme que aconselho fortemente a ser visto e revisto. Finalmente só deixo a mensagem de que a evolução não findou, no entanto está em progresso e sobre o bom caminho. Ou não? É bom de problematizar este assunto, às tantas acabamos por nos esclarecermos. No entanto, eu acredito que o surgimento da nação mundial surja do indivíduo, ou seja, de cada um de nós, pois só assim será possível combater este tumor maligno que invade os nossos corações e faz chorar outros.

    Marco Bento

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  14. Derek Vinyard é um skinhead, ou seja, um convicto neo-nazi respeitado pela Comunidade, que consegue reunir graças à sua capacidade oratória, que os influencia através de uma filosofia (da qual é defensor) de ódio e atitudes racistas contra as minorias étnicas (negros, judeus e hispânicos) residentes nos Estados Unidos.
    Consequentemente, podemos apontar esta atitude de Derek, uma atitude estereotipada, isto é, um comportamento baseado em crenças rígidas e simplificadoras sobre pessoas ou instituições que são resultado de generalizações abusivas. Ou seja, ele tem este comportamento para com todos os “outros” pois a seu ver, estes são apenas nódoas negras na sociedade.
    Para exemplificar estas atitudes de Derek podemos recuar até ao princípio do filme, em que este espanca e assassina dois negros, pois estes tentavam-lhe assaltar os seus bens, a casa e o carro. Outro aspecto não menos significativo é a emoção e o gosto na acção que este realiza. Provas disso mesmo é o brilho nos olhos , o sorriso, o prazer na luta contra os assaltantes.
    Danny é um espectador passivo, mas ciente do que realmente se passa no seu campo de visão.
    Ele realiza estas punições de livre e espontânea vontade, ou seja, são actos voluntários, que provêm do seu interior, da sua mente.
    Entretanto Derek é preso.
    Enquanto Derek se encontra na prisão, a vida da sua família vai continuando … Passados três anos Derek é libertado.

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  15. Nesse dia Danny é chamado pelo director do liceu na sequência da realização de um trabalho sobre o livro Mein Kampf de Hitler, no qual este defendia as ideias racistas propostas pelo chefe nazi.
    Consciente de que Danny está a seguir as pisadas do irmão, que fora seu aluno, decide dar-lhe uma última oportunidade para não ser expulso do liceu.
    Propõe-lhe que faça um trabalho sobre as circunstâncias que levaram o seu irmão, Derek, a ser preso e a forma como isso o influenciou a ele. O título desse trabalho é o título do filme: American History X. É o olhar de Danny que nos conduz durante o filme.

    Esperando poder livrar-se dos skinheads e da vida que levava, Derek (um homem mudado pelo sofrimento que passou na prisão, incluindo uma humilhante violação) descobre que isso não será fácil e luta desesperadamente para que o irmão não cometa os mesmos erros que ele.
    Além disso, o filme relata também o impacto profundo do ódio que começa a destruir a família. O tal preconceito e racismo para com as minorias, mas principalmente com a africana.
    A ideia/filosofia não partiu só de Derek, mas do seu pai, bombeiro e um notório racista, que morreu baleado enquanto tentava apagar um incêndio num bairro habitado por negros.
    Deste acontecimento ocorrido no passado, Derek retirou as bases que construíram em tempos o seu presente e o futuro. Hoje, é meramente passado. No entanto, em tempos foram a sua realidade, foram o seu quotidiano.
    A atitude negativa em relação a membros de um grupo que resultam de um juízo desfavorável, sem qualquer fundamento lógico dá-se o nome de preconceito.
    Por outro lado, isto faz com que haja discriminação de indivíduos na sociedade actual. O tão nosso conhecido Racismo, na sua forma mais pura.
    As atitudes do neo-nazi não mais foram do que, baseadas em estereótipos, preconceitos e racismo, com o qual ele apenas se identificou por influência de alguém bastante próximo de si.
    Será que se tal não acontecesse, ele teria a mesma atitude? O que mudaria? Que opinião teria dos que cometem esses comportamentos nefastos, se fosse a favor?
    São reflexões como estas que o filme pretende deixar no ar, para que o espectador possa reflectir e pensar, antes de agir baseado em factos susceptíveis de dúvida ou de contradição.

    América Proibida é de facto um filme que retrata de forma directa e tocante um outro lado da super potência em relação ao qual muitas pessoas preferem fechar os olhos, essa América Proibida é a América dos conflitos raciais entre brancos e negros retratados ao longo do filme. A violência e o preconceito estão em todo o lado: no colégio de Danny, nos espaços públicos que as duas comunidades disputam, até na prisão onde Derek cumpriu pena: os reclusos eram de várias raças, especialmente negros, o que se torna amigo dele foi preso por roubar uma televisão!
    Por outro lado, a adesão dos jovens às ideologias neo-nazistas é um factor a terem conta nos dias de hoje , pois é um factor que tende a crescer. Este filme é sem dúvida, um filme com um bom guião, com um objectivo bem definido desde o principio, e com uma mensagem para as pessoas que vivem “adormecidas” no mundo real.
    Na minha opinião, a mensagem e reflexão passou, e o facto de esta ser uma realidade mais próxima do que se julga, fez-me ver que são pequenos comportamentos que hoje em dia marcam e fazem a diferença, em relação aos comportamentos estereotipados da nossa sociedade.
    O fim do filme, apesar de ser chocante e emocionante, pretende demonstrar que por vezes é tarde demais para se conseguir sair de determinadas situações que nós pensamos que temos sobre controlo e no fim, elas são o princípio de tudo.

    Isadora Farias'nº7'12A *

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